quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pele queimada com gosto.


Como de um momento para o outro nos conseguimos sentir tão inúteis? Tão pequenos, tão ignorantes? Como algo que parecia tão presente da forma mais correcta passa a ser um mar de incertezas e diferenças, ambiguidades e falsidades? Algo tão grande se torna num minúsculo ponto de sabedoria. Uma sabedoria pouco sábia. Enganada e escondida entre anos passados e pensamentos elevados de alguém que afinal tem apenas um pouco de valor. Alguém pequeno ao pé de pessoas grandes e graciosas. Pés rasgados em chão de suor e desprezo. Pele queimada com gosto. Um gosto desgostoso adormecido. Um amor retirado de um coração vazio e de uma alma complexa. Empurrões por corações cheios de gelo. Noites sofridas e mal dormidas. E o amor volta, mais triste e com menos sentido, mas satisfeito e mais sábio! 

(Não escrevo para que entendas o que te quero dizer, mas sim para criares o que queres entender)
Um beijo, CatarinaG.*

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