segunda-feira, 2 de maio de 2011

Porto de Abrigo - Refúgio


Fizeste-me crer. Crer numa possibilidade que ficou perdida em olhos brilhantes e personalidades apaixonantes. Mas mais brilhante e apaixonante que esses seres, foi a tua capacidade de me elevar à tua rica forma de ser, de me encantar. Apostei numa tentativa de recuperar, numa tentativa de viver. Consigo inevitavelmente odiar-me pelo simples facto de inconscientemente ter apostado também numa queda.
Hoje não quero escrever bem!! Quero libertar-me!! Abdiquei do que mais desejava nos últimos meses por ti, coloquei de parte falsidades alheias e pessoas que não pertenciam, fui tanto eu! Tu eras estranhamente diferente. Conseguias ultrapassar a simplicidade da diferença e destacares-te dos restantes com bastante evidência. E era isso que me cativava. A vontade de ser, de viver. Mas a de viver uma vida de acordo com os teus objectivos e forma de ver as coisas. Não imaginas o quanto me fascinavas apenas ao falar. E conversas essas. Aquelas em que não eram necessárias muitas palavras para nos compreendermos, em que bastava contornar o essencial para dizermos mais que muito um ao outro. Não conseguiste com que me apaixonasse por ti, mas conseguiste com que eu quisesse apaixonar-me por uma pessoa assim. 
Como consegue alguém, depois de todos os nossos beijos, olhares e/ou até palavras, de um momento para o outro deixar para trás, tudo o que gradualmente estava a tornar-se melhor? Entreguei-me a ti, por seres perfeito, por seres lindo, por seres tu, e deixaste-me cair. O pior dessa queda, é que o meu chão não era suficiente. Ainda estava a construí-lo de novo. Tu pertencias a um pouco desse chão. 

Por que raio ei de eu esconder aquilo que sinto e quero?? A verdade é que me fazes falta, que preciso de ti mais do que qualquer outra pessoa neste momento, que te tornaste quase indispensável, que sinto que havia tanto para viver ainda, que nunca consegui pensar que fosses diferente do que já tinha tido oportunidade de conhecer e capas de ser assim tão frio e que se tornasse numa desilusão! E mais verdade ainda? É que queria ter força para lutar por ti... Um dia disseste que não gostavas de perder. E uma coisa eu posso garantir-te. A realidade desta história é que somos iguais na diferença. E eu? Também não gosto de perder! Mas se dispensas essa força, ou pelo menos que lute por ti, então eu vou desistir. A vida oferece-nos tudo, sim. Mas   existem momentos em que temos que "deitar a toalha ao chão" e perceber que não é desta. Quando te disse que agarrasses a minha mão, foi com a certeza de que nunca te arrependerias. Talvez até tenha acontecido, mas nem tempo ou oportunidade me deste para te provar, como podias ser feliz ao meu lado.
MERDA!!! JÁ TENHO SAUDADES TUAS! 

Pelo menos, ajuda-me!

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